preces renovadas*
A raça
humana:
Uns
desabrocham
Outros
se perdem verdes
Outros
nem vingam
outros
somem, são ceviciados
de toda
sorte de usurpações
atentados
tramados
por
gente grande
Uns
tiram a vida de outros
Outros
a própria vida
Tempos
difíceis.
Antonio,
canto para Ti.
Os
filhos que somem...
Há um
cadastro nacional
De
carros furtados
E não
há conta de gente
Desaparecida.
Tantas
mil crianças
Somem
todos os meses,
Para
usar números
De
jornal antigo.
O que
dizer de crianças
Conspurcadas
em seu viscejar...
Cinquenta
por cento do contingente
Meio humano
meio monstro
Gente
grande
Poder...
Gente
grande chora,
Sem
saber se leva flores
A um
túmulo indigente
Ou se
acende vela no altar.
Aqueci
para Ti a lamparina
E
soprei o grande caramujo
Porque
Tu és uma voz de Deus
Podes
escutar-nos
E orar
por nós.
Gente
grande, gente miúda
Jesus,
Oxaguian
Em tua
bancada
Há leis
imutáveis, Arauto!
O
fundamento das leis
Rutila nas
estações, no voo dos astros,
Na renovação
celular,
no
refazimento do corpo
após a
quimioterapia.
Na
regra básica,
Tantas vezes
traço do poema.
Antonio,
canto para Ti.
Terror
e esperança se abraçam.
E a
notícia nunca e sempre chega.
Yvonne,
se Tu
podes escutar-nos,
Reza
por nós igual.
O fim
imutável se desvenda
E
chegamos,
Finalmente,
Ao
axioma.
A raça
humana é a musa das horas.
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