verso de julho
Horas se passaram na brancura de um
verso
Ele vergava lento, sob o peso da
declinação
As palavras nele impressas eram luzeirinhos
azuis
Cantantes atrevidas, desconexas,
primaveris
E era inverno, recém chegado
Algo de
contente, insulado,
Um levante, um beijo
E o verso moveu-se, absorto,
Sustendo elucidações mal transcritas
Desavisado dos grandes murais logo em
frente
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