fins de setembro







A pele de porcelana cintilou
Clarificada pelo esmalte fluorescente
A despedida, a chegada, a partida
Era a pele de porcelana
A noite risonha saudava a vinho verde,
A casal, a estrada,
A peixe salgado e amplidão
Tudo era a pele de porcelana
Os olhos de ver viam através da luminescência
O deslumbramento das lácteas vias
Bebês gêmeos
Os que vieram e os que estão a vir
Os olhos de ver viam o infinito finito dos sons
Até as frases alongadas das canções
Os olhos de ver viam
E era tudo a pele de porcelana
A poesia se enredou assim
Em tal pele
E a minha
Que já foi a textura do pêssego
Sorriu em suas grotas
E era tudo a pele de porcelana


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