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Reviravoltas,  pressão, pulso 140, o trabalho como carro chefe da vida, muita gente envolvida e cirandando comigo.

Começa nesta semana a maratona Terra Sonora. Preparação para o "terno" show no Guarinha, Festejos do Mundo, no próximo 28 de outubro, em que o Terra fará o que todos os grupos musicais deveriam fazer: tocar o repertório desenvolvido ao longo de 15 anos, com temas que são sucesso de público. Este trabalho deve soar novo, pois os músicos são mais "escolados" hoje, estudaram ainda mais, adquiriram experiencia e desenvoltura e suas vidas sofreram revezes que os tornaram mais humanos e acordados.

Acabamos de fazer Aos Nosso Filhos. A opinião não é geral, mas para mim agora é que o trabalho está pronto para público, só faltando passar para o coro a responsabilidade por Saudade de casa e Daquilo que eu sei. É um repertório, este do Ivan Lins, que carece ser posto a prova, apresentado a públicos diversos, os textos são muito bonitos, falam de esperança e fé. Em tempos sombrios, em que a fraternidade é possível aos párias, como diz Hanna Arendt,  é um alento bem vindo, útil, eficaz para as massas confusas que circulam pela cidade. É uma pena essa prática que os grupos musicais assumiram, ensaiar durante meses (sem muito aprofundamento ou consistência) e apresentar o trabalho por três vezes no máximo. Perto de 300 pessoas viram o Recital Aos Nossos Filhos, poderiam ser 3000, 30.000. Importante: poderia haver um registro ao vivo do trabalho em CD, DVD, para ser visto por gerações.
Nessas horas, fico pensando nas condições de trabalho, na formação, nos instrumentos musicais, nas vozes de pessoas que tinham uma estimativa de vida de 30 anos, andando por ruas cheias de lixo, lama e fezes e fazendo música no seiscento, setecento, oitocento. E por que as pessoas em 2011 exigem tanta "qualidade" de um trabalho que só suporta a qualidade que pode dar, vinda de participantes sem vivencia musical, alfabetização musical e que ainda assim cantam direito...

segundasabado vai à FAE,  R: 24 de maio, neste domingo dia 1, 10h. Quatro novos temas para o grupo, em uníssono, que o ouvido harmônico ainda dorme, com algum voo a duas vozes. Para lembrar ao público de que coral começa assim, aprendendo a soar uníssono, movemos os participantes. Eles rodam, giram, cirandam, "passam gavião", e "olha a chuva é mentira" para oferecer também aos olhos da platéia algum sentido de harmonia. O grupo se prepara para o primeiro show, a acontecer no início de novembro.

OMUNDÔ vai se preparando para tocar no Jockers em novembro. O vocal retoma a prática de ensaiar no mesmo dia em que trabalha o instrumental, terças à noite. A maioria teve o bom senso de entender que é preciso estrutura para caminhar apartado... Esta divisão é curiosa, e daria uma boa crônica. Um dias desses... Aqui, os filhos seguem os passos dos pais, vão apresentar também o repertório desenvolvido e constantemente repaginado ao longo dos 5 anos de existência.

Desejo a todos os movimentos bons fluidos, entendimento da complexidade, da descontinuidade na continuidade.

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