Pela santidade da Páscoa

Existem forças no mundo. São estrelas no céu. É uma só estrela no céu. É a noite e sua inundação de estrelas.
Giono escreveu: "Jesus não é a imensidão - é aquela pontinha de noite, lá longe, como uma estrela, só uma."
Existem bancos de memória no mundo. São imagens, são miragens, são eons de correspondência entre almas.
Existem meneios de asas no mundo. As asas imensas dos arcanjos. As asas singelas dos anjos. Existem frequências musicais no mundo. São asas imensas dos arcanjos. Asas singelas dos anjos. Nas mãos de Beethoven. Nas mãos de Bach. Nas mãos do Principe do Senegal. Na voz de Mamãe Oxum. Na voz de um cantador estradeiro do Cariri.
Nos dedos e pregas vocais de humanos o DO, o SOL imantam com forças atraentes. O FA, o SI excitam, continentes. São entes, são asas, estrelas, uma só.
Feliz é aquele que canta estrelas, aquele que sopra e farfalha, que tange e sorri. Estes tem asas duplas.
Miguel, Gabriel e Rafael flutuam às voltas de humanos que fazem e fruem música. Abençoadas suas intercessões.
Que a Páscoa de Jesus soe pontuada de estrelas risonhas. Jesus encantará o brilho estelar, o fenômeno sonoro. Ele cantará, e Anjos, e Arcanjos lhe farão coro.

Dai-me, querido Jesus, neste final de crônica, ouvir Veneranda. Ouvir André Luiz, ouvir Joana de Angelis. Ouvir a Tua voz cândida.
Que minha canção hoje está nublada.

Para todos os cantores que trabalham comigo, pela Páscoa.

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