“Todos nós nascemos com os maiores tesouros que teremos em nossas vidas.Um desses tesouros é nossa mente e o outro é o nosso coração. E o que precisamos para utilizar esses tesouros é de tempo e saúde. A maneira como voce usa esses dons de Ala para fazer o bem para voce mesma e para a humanidade é, em ultima analise sua maneira de honrá-lo.” Em “A cicatriz de David, Susan Abulhawa.”
Como Deus sabe que eu gosto de sol, Ele me brindou com um aniversário em dia lindo, ameno, suave, quentinho, pacífico, recortado pelos cacarejos das angolinhas.
Tenho sonhos bastante limitados, angústia enregelada pelo meu defeito físico, visão limitada a um “mundinho” que imagino de singela pequenez, não tenho pendores intelectuais legítimos, mas eu canto. O som das células das palavras me serve como encantamento e elixir. E com esse arsenal eu consigo conviver com os oito grupos de mais ou menos vinte humanos cada que formei durante a semana, compartilhando tais células das palavras, e assim encontro certo sentido em permanecer no “prostíbulo do mundo” que violou meu coração e ao mesmo tempo o acendeu. Estou, logo mais às 16e10, a completar 48 anos. Não atendi ao celular que tocou várias vezes nesta manhã, gente da família, quem sabe, a me felicitar. Não, os amigos que tenho. Gente do bem. Sou guerreira teimosa. Vivi 19 anos mais que minha mãe neste planeta. Cheia de equívocos, criados pela visão turva, nunca experimentei certou sabores, odores. Talvez tenha lhes ouvido o som, e transformado em células que canto.Ainda tenho persistido em usar negativas no discurso, mas logo aprendo a ser assertiva. Otimista. Meus grandes amores são os gatos. Não sou ingrata, mas a inveja me corroi o bom senso em vários momentos, e a baixa auto estima vence... Quero pernas fortes. Que só se conseguem com esforço, treino. E tenho preguiça. Prefiro dormir. E esquecer. Mas até desse terrível engodo eu construo células. E canto. Sou muito próxima de mim quando canto, e para cantar é preciso certo distanciamento. Senão o canto soa como a moça que faz suas próprias roupas e corta seus próprios cabelos. E provavelmente é feliz. Em seu alo de solidão.
Então, para mim, um dia feliz, pleno da humildade que emana de Jerusalém, da fantasia amorosa que paira em meu coração de Lisboa, e pela paulistanização de Curitiba e pelos fantasmas amorins, antes de eu ir viver os meus dias de glória perto do mar.
Obrigada a todos os guias presentes em meu convívio.

Comentários

  1. Aqui da Terra das Cobras, onde se espanta o frio com Mel e Amburana, mora um casal que é MUITO saudoso dessa mulher forte, humilde e com um coração muitas vezes maior que o tamanho.
    Eduardo e Andréia desejam que esse dia se repita por muitos, muitos e muitos anos.
    Que a felicidade seja constante, as alegrias sejam muitas e que a voz possa sempre ser esse instrumento de encantamento, expressão e, acima de tudo, a voz desse coração tão belo.

    Saudades muitas Professora. Que possamos nos encontrar em breve e nos permitir o abraço apertado da amizade sincera.

    Nossos parabéns. Por tudo.

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