Procurando o Anjo


Quando são turvas, Daniel
Quando são turvas
Cinza chumbo, ventosas,
Armadas num canto do céu
Eu procuro as tuas asas
Quando são zanga, Daniel
Quando são zanga
Carregadas, elétricas,
Os raios cortando o céu
Eu procuro os teus sinais.
Quando são mágoa, Daniel
Quando são mágoa
Algodão empapado, dolorido,
Tambores soando no céu
Eu procuro as tuas lágrimas.
Enfim a chuva cai.
E chove, e chora, e chove,
Rompem-se os diques, caem as pontes
Enchem-se as ruas de lama, as casas de lastro
Os corações de alívio.
As nuvens tombadas no rio
Desatam
E o azul molhado abre o céu
Revelando seu voleio encantador

*imagem encontrada em jornale.com.br ( acesso em 22 de agosto de 2011)

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