Santo Antonio da paixão



De joelhos sobre a madeira encerada,
Levanto os olhos para Tua imagem
E penso: que divino crepitar.
A lenha estala e das faíscas vem o aroma de cedro.
Já se vai a quarta volta completa do rosário
A pensar em Ti, a chamar-Te,
A rezar-Te as Ave Marias.
Bendito Sejas, Santo Antonio,
Por acalmares o desespero,
Por orientares as inspirações,
Por ouvires o suspiro antes tão aflito.
Santo Antonio, Tu és um pedaço de pau
Da lareira incandescente em meu peito.
Já posso sorrir, mesmo que haja pouca razão para isso.
Já posso caminhar e nutrir-me
De tâmaras, de leite de cabra e oração.
Já posso lavar minhas mãos no córrego
E cumprimentar, num aceno,
Todos os passantes.
O tempo de viver é breve.
E lindo!
Obrigada pela Tua presença tão afável,
A refrear os excessos,
Num dia tão úmido.
Boa noite, Santinho.



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