todo mês de fevereiro
todo mês de fevereiro
mudamos de casa
perdemos o emprego
recomeçamos os grupos
entramos na escola
comemos gelatina
conhecemos Hans Jonas
sentimos saudade
passamos calor
esquecemos o portão aberto
abrimos um livro
olhamos o céu de novos ângulos
tocamos o gato com um rato na boca
compramos limão siciliano
tudo é poeirão de reforma
no mês de fevereiro
cada dia é prudência
quem sabe dormir
evitando sonhar
olhar uma revista velha
dizer bom dia
e cantar loas
no domingo seguinte
serestas urbanas
25 de fevereiro
versos estendidos aos sol
versos na maré baixa
versos descantados
versos anuviados
de roxas compleições
versos que deixei
em conchas na orla
versos que cantei
passividade
versos vetos ventos
visões de mundo
que não pude reter
versos grãos ou pó
revolvem-se na areia
fluidicos,
francos em seu decassilabo
naufrágio
borrão
anotar em caderneta velha
dizer bom dia
e cantar loas no domingo seguinte
serestas urbanas
mudamos de casa

recomeçamos os grupos
entramos na escola
comemos gelatina
conhecemos Hans Jonas
sentimos saudade
passamos calor
esquecemos o portão aberto
abrimos um livro
olhamos o céu de novos ângulos
tocamos o gato com um rato na boca
compramos limão siciliano
tudo é poeirão de reforma
no mês de fevereiro
cada dia é prudência
quem sabe dormir
evitando sonhar
olhar uma revista velha
dizer bom dia
e cantar loas
no domingo seguinte
serestas urbanas
25 de fevereiro
versos estendidos aos sol
versos na maré baixa
versos descantados
versos anuviados
de roxas compleições
versos que deixei
em conchas na orla
versos que cantei
passividade
versos vetos ventos
visões de mundo
que não pude reter
versos grãos ou pó
revolvem-se na areia
fluidicos,
francos em seu decassilabo
naufrágio
borrão
anotar em caderneta velha
dizer bom dia
e cantar loas no domingo seguinte
serestas urbanas
Comentários
Postar um comentário