Acesso azul

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Do ponto de vista ao qual me acolho
e permitido observar o movimento de cem pernas
moveis
ageis
em busca do sapato alto
e verde
na vitrine
tudo sao brilhos e rumores
ecos de decisoes felizes
la longe
onde o paleto cinza descansa
em adeus
o elevador com acesso ao quarto piso
acesso azul
e passagem aleatoria
matrix
as minhas
as pernas
dobradas em ele
repousam sobre o trilho
a mao deslisa de saudade
e a palma
emudece
mais tarde,
sob a efemeride da lua plena
quem sabe em declinio
dos labios emurchecidos
um gosto
de vergonha
de amar...
quem sabe agosto amanhece
uivando
fluindo cascatas
debaixo do auspicioso olhar
de mae
de mesa
de amor
o amor se esvai
sobre a branca pelagem
o coracao confrange
a dopamina jaz
perdida em lagrimas
uma saudade antiga
e cheia de dor
de Reinaldo Sergio Klug
marca presenca
durante a madrugada
quando reviro os baus
da consciencia
em busca de sentido
seu endereco ainda e Candido de Leao 45
o seu coracao e que ja nao bate
esqueci ha quanto tempo
sua barba farta me aparece
e pergunta
em baritono som
se e possivel
mudar o padrao
das escolhas
ah, Reinaldo
eu nao saberia o que lhe dizer
em sessao
talvez porque voce ja nao seja
desse orbe
eu fantasio aconchegar-me
junto ao seu perispirito
no abrigo austero do seu olhar clinico
do seu conhecimento
do tenebroso eu profundo.
Acesso azul negado.
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