outono 18






Cheguei ao outono de 18.
O eu profundo
é ponte pênsil.
Há, na fronteira,
as rosas
brancas,
as amorinhas.
O outono, ninando o eu,
canta alegremente.
Seguem os dias de chorar
Pois que sob a ponte anda um rio.
As vestes da paisagem,
Folhas louras.
Do outro lado da ponte,
o caminho de sal.
Dai-me curso, ó barqueiro.
Há quefazeres.
Um amigo vem ter comigo.
As águas, levando com elas pétalas,
desvendam o que vai de temores.
Cantar o outono,
o remo que eu seguro.
O divino fluido.

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